Prostituto  

Posted by David Martin

O que sou eu? Prostituto de emoções… Caio em mim, nostalgia de areia… praia de sensações vivi e desejo agora o doce álcool de minha embriaguez, louco velocidade negros prazeres, rameiro, orgias de comoção por minhas sarcásticas veias… Pra onde vou?

Oh doce embriaguez…

Bebo fotos de repentinos graciosos tempos passados…
Sacio sede do alvorecer… grito pela noite, grito pela prostituição de emoções… Bebo a negra vodka fria quentes amoras licor da verdade, licor do protagonismo, licor do eufórismo… ah falácia de pensamento… Bebo a amizade, a liberdade, o amor.

Resnascer de David  

Posted by David Martin

Olha para mim agora, não sou mais realmente eu… entre vermelho sangue peganhoso, entre nostalgia de sensações, entre bateres mortos de corações, entre o saudoso pensamento do amor, na trilha desta minha jornada… batalhas… feridas… ÓÓÓÓ Deusa eterna enterre-vos em meu esquecimento… repousai em reino dos defuntos, reino meu…
Afogai-vos nesse mar gelado, nesse mar negro, petróleo gélido… deixai soltar pequenas gotículas de entorpecimento, passagem vórtice pra outro lado em minha face rosto de não mais tristeza não mais correr lágrimas não mais vingança… meus baços negros olhos, meus negros cristalinos olhos, meus brancos olhos, meus ruje olhos não rugem mais… meus olhos… meus olhos… meus olhos púrpura baços cristalinos não rugem!
Fogo chama por mim todo dor na alma, ferros quentes em minha mente, latejos em ouvidos meus, sal em minha boca, olhos meus na luz cegante, aliciantes aromas baile de ópio no coração…
Ao fim cheguei… indiferença, diferente futuro…
Não sou mais sombra…
Não sou mais corpo vazio…
Não sou mais eu David Martin…

A volta de Teia  

Posted by David Martin

Voltas a mim Teia… Mas para que futuro? Em tenebrosas nuvens escrevo meu destino, para depois sobre ele voar… O crepúsculo abre as portas á solidão, á minha solidão… Que triste fim para o raiar do sol… O sol escurece, formoso buraco negro que suga todo o raiar… Rangem rançosos rugidos, reerguem robustas ripas, um motor minha mente metáfora metafórica imperfeita tão imperfeita quão vidas não motorizadas… Um motor jovem, e ser jovem, crepúsculo da vida mergulha sobre ti mesmo e cai na noite das estrelas outrora noite tingida… Asfixiadas nuvens negras, rasguem agora luzes estreladas encham agora minha saudosa alma meu caixão de nostalgia, iluminem céus, expludam mentes, dinamite, minha mente… Fogo, meu corpo, pressão em meu coração bomba relógio prestes a explodir… a erupção.
Dedos não mais meus, transbordam sensação de um novo fulgor…
uma velocidade eléctrica…
Sou electricidade á velocidade da luz circulo entre excitantes vertiginosos circuitos eléctricos, metálicos circuitos metálicos… errado errados circuitos metálicos, meus electrões chocam em cadeia… E se electricidade não for? For eu electrão? Preso a eloquentes tensões fervosas intensidades movimentos por mim não definidos… galvismo por mim todo, duas meias partes heterogéneas, duas meias partes sinceramente diferentes… no visível espectro de luz… luzes… luzes vermelhas cegam a teia de energias dissipadas, antecipadas por meus sentimentos melodramicamente insaciáveis…Magnéticos campos imperfeitos interferem com minha rede de emoções, sensações tremidas levadas por condutores destemidos…