Meus olhos  

Posted by David Martin

Meus olhos sangram inundam o quarto, carnívoros beijos percorrem meu pútrido corpo são nostalgia de um dia. Atrás dos negros montes oculta-se a luminosa lua, o degredo grita histericamente por ela… enfim finalmente. Meus negros olhos, duas pérolas metálicas vermelhas choram sangue espiam o recolher do luar… perdem tonalidade, perdem raiva, perdem ódio…
Derrubam os montes, o luar rasga o céu em fúria, branco, branco, branco… ardem-me os olhos, choro mais uma vez ódio, rancor… grito lágrimas e sangue… sinto a força de mil demónios em minhas angélicas asas… em meus olhos… Volta a tonalidade, o brilho negro e a cor vermelha. Oh o negro vermelho, meus olhos… Oh a luz branca impura da lua…
Um louco amante me tornei, um cínico amante, um violento amante, sede de amor lateja em meus rosas lábios, pulsa em minha pele na minha alma, carne, espírito carnal… sofrem o abismal sufoco…
Procuro meu óbito coração…

This entry was posted on 01/07/2009 at 14:11 . You can follow any responses to this entry through the comments feed .

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