Noite branca  

Posted by David Martin


Outra branca noite, outro negro serão passado em clarão, esta noite não penso em vós, penso apenas em nós. Imagino-vos junto de um irmão de sangue, Hipérion, vejo-vos na mente do meu apedrejado coração. Retiro vosso irmão do meu serão, ficais vós, sozinha, esquecida com um cobertor e café á espera de amor. Vedes o mundo corrompido, demonaicamente possuído, vedes o mar vivo, violento pronto a matar, cruel doce perdição do meu ser. Vejo-me, sou o ar, voo entre razões e emoções, desço vosso quente ardente, sedutor pescoço não meu, sinto vosso bater, bate por um amor amado, sarcasticamente rejeitado.
Meu pensamento afoga-se no imenso mar, sinto a dor… seja eu Hades, Zeus, Júpiter, Plutão ou Marte não resisto a vosso encantamento, bela Vénus, deusa do meu céu estrelado prateado, dourado, avermelhado, nobre planeta frustado.
Sois Téia bondosa filha de Urano e Gaia, doce Titã irradiada pelo sentimento da luz nobre acabada de nascer de vosso ser. Sois mãe da luz, minha tua, vossa, mãe do Deus Sol, mãe de Hélios, mãe da prateada Deusa Lua, mãe de bela Selene, mãe de Eos, mãe da Deusa Aurora… Pintais meu mundo de luz e carinho, suaves raios de luz invadem minha alma, manchada pela destreza do negro ser… Rezo por vós… Ó musa do amanhecer…
Enfim, desaparecer, numa névoa de fumo selvagem cegamente memorável…
Enfim, nascendo, vivendo, sugando vossa quente rústica aristocrata aurora…
Enfim, nascendo morrendo…

This entry was posted on 01/07/2009 at 14:06 . You can follow any responses to this entry through the comments feed .

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