Borboletas  

Posted by David Martin

Minha borboleta deusa de verdes asas azuis, musa dos ardentes céus escaldantes, deusa de meu mundo… deusa da luz, de mim, de nós, de vós deusa de tudo. Da penetrante paixão da devoção duma falsa ilusão.
Porque me haveis fechado a negra porta de vosso esfarrapado coração de puros farrapos? Suplico-vos abri-me a translúcida janela de vossa alma branca a meu espirito roedor de emoções predador de sensações…
As vermelhas encarnadas gotas de meu amor…
Borboleta pousas entre meus negros olhos de imaginação estaladiça cremosa detentora de todos meus ternurentos sonhos. Vejo-vos voando entre ares céus azuis sinto laminas de dor negra eufegante perfurando meu melacondo coração tenebroso… Não sou mais eu, sou um fluido, sou sangue sou rancor inrancorado personificado num corpo de não sei quem… Soltam-me as abatidas pupilas destrocem-me verdes rançosos nervos mastigam a minha maléfica alma cospem os meus sentimentos partem minha mente, fogem com o precioso quente amor, quebram barreiras quebram fronteiras transformam-me em pedra em metal… sou uma maquina… rango rugidos roucos… deixo escorrer sobre minhas engrenagens os fluidos de tempos já passados acabados em mãos sujas repletas de espinhos vividos, cortes sangue licor de ódio…
Odeio não vos odiar, odeio amar, odeio perdoar, odeio sentir tudo, odeio odeio odeio ó-ó-ó-ó cacos de vida… O mal do amor é amar em demasia….

This entry was posted on 06/05/2009 at 16:02 . You can follow any responses to this entry through the comments feed .

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