Ontem  

Posted by David Martin

Ontem perdera-me de ternuras, sedutoras paixões, insossegam os ardentes corações envoltos por grandiosas perdições, grandes chamas de sensações consomem-se até á exaustão. Hoje após sentir o vazio de mil solidões sinto o gume da faca a prefurar com a quente subtileza de mil cantigas de sereias nas tempestuosas trovadas de prazeres masoquistas. Que ares, que mares me consumem, seu podre odor que se inflama na minha já rasgada fustiga morta alma…
Minha negra boca canta para que todo mundo saiba que a amo odeio e venero, Senhora dos infernos da tristeza permanente que esboça sorrisos de traições de emoções caídas no sangue meu… Morra eu e tu… Desejo que morras e vivas no meu coração, não quero vás não quero que fiques… Quero morrer, falecer, nascer, renascer, limpo, puro não triste, não feliz, não quero mais ver a podridão do fedor do amor, medonho jogo de mortais… Assim renasço ao lado dos demais imortais, Senhor Das Trevas…
Lambo os meus sádicos dedos, vermelhos encarnados de sangue estão enraivados, pois o sangue meu não é, é nosso… Desfaleço na escuridão… caio junto a vós que permaneceis no vasto chão tingido pela pelas estrelas amaldiçoadas… Meus olhos negros viram cinzentos prateados.
Não quero terminar este desalivio de estonteante sangue, lagrimas quentes frias mães de mim. Escapo de vós… até á próxima alucinante humilhante vida.
Escuro negro ser raivoso furioso.

This entry was posted on 06/05/2009 at 15:55 . You can follow any responses to this entry through the comments feed .

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