Falham  

Posted by David Martin

Falham-me os dedos, falha-me a mente… o corpo desobedece e a dor prevalece, no meu partido coração, tremo por vos, por mim, por nós, sinto a mais triste vibração a vibração da incerteza da solidão que ataca todo o meu ser. Quero-vos a vós com toda a luminosa força dum radioso quente amanhecer. Não vivo, voo e rastejo… conforme as alegrias, conforme as desilusões nas fantasias não minhas, porquê? Porque devo rastejar se posso voar? Porquê? Porque devo chorar se posso não amar? Porquê?
Sinto-me nervoso impaciente, tenebroso, sinto a trovoada a aproximar-se sinto o trovão a doce aurora da escuridão, brancos raios furam a minha essência a minha eloquente vida perdida… Perco-me nas estranhas viscosas entranhas do quente do fervor dum amor. Que me mata, que me solta, que transborda a fogosa chama vermelha sedutora, arrebatadoramente perfeita. Vejo o sorriso das estrelas na estranha chama, por vezes penso que fomos amaldiçoados, subjugados a uma tristeza permanente, a incompatibilidade de seres semelhantes… um cavaleiro não príncipe e uma deusa princesa… Na vossa Torre vedes a minha estrela, lá no norte ela nasce e renasce, afoga-se na escuridão da noite, e a noite é meu mundo… meu mundo sois vós… vedes a estrela a afogar-se em vós…
Vós, vós, vós…

This entry was posted on 06/05/2009 at 15:57 . You can follow any responses to this entry through the comments feed .

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